Liverpool enfrenta crise após derrotas nos acréscimos
O Liverpool iniciou a temporada sob o comando do técnico holandês Arne Slot com uma série de vitórias que impressionou o mundo do futebol. Aliás foram sete triunfos consecutivos que estabeleceram o time como uma verdadeira ‘força da natureza’.
Afinal a equipe conquistou vitórias dramáticas contra adversários de peso, como Newcastle, Arsenal, Burnley, Atlético de Madrid e Sunderland, decidindo os jogos nos minutos finais. Subitamente esse fenômeno foi apelidado de ‘Slot Time’ pelos torcedores, em homenagem ao treinador e à sua capacidade de virar partidas na ‘Slotfase.
O colapso nos minutos finais
No entanto, a maré virou para o Liverpool, e o que antes era uma marca de resiliência transformou-se em um calcanhar de Aquiles. A equipe acumulou três derrotas consecutivas, todas sofrendo gols nos acréscimos. O primeiro revés veio contra o Crystal Palace, onde, após empatar no segundo tempo, o Liverpool viu o adversário marcar o gol da vitória aos 97 minutos.
O pesadelo se repetiu contra o Chelsea, o Liverpool, após buscar o empate com Gakpo, sofreu o gol da derrota aos 95 minutos. O time também perdeu para o Galatasaray na Champions League, em um jogo com um pênalti anulado pelo VAR aos 44 minutos.
A queda na tabela e a perda de confiança
Com essas derrotas, o Liverpool caiu para o segundo lugar na Premier League, atrás do Arsenal, e a aura de invencibilidade que o time carregava evaporou.
De acordo com a análise do ‘The Athletic’, as vitórias iniciais mascararam por um tempo as atuações abaixo do esperado, mas agora as falhas estão à vista de todos.
A equipe parece perder o controle dos jogos com facilidade, alternando entre momentos de domínio e apatia.
Isso ficou evidente na partida contra o Chelsea, onde o Liverpool desperdiçou várias chances claras e mostrou fragilidade defensiva.
Investimentos e desequilíbrio no elenco
Para tentar resolver os problemas, Arne Slot investiu pesado, cerca de 450 milhões de libras, em reforços como Isak, Wirtz e Ekitiké, buscando construir um elenco capaz de dominar a posse de bola e furar defesas bem postadas. No entanto, essa transformação veio acompanhada de desequilíbrio. O Liverpool perdeu o controle que o tornava tão temido, com um meio-campo menos sólido e uma defesa inconsistente. Nos últimos 11 jogos, a equipe sofreu dois ou mais gols em seis, um recorde negativo comparado à temporada passada.
Desafios táticos e ofensivos
A instabilidade tática é evidente, com jogadores como Milos Kerkez e até mesmo Andy Robertson sendo questionados por suas atuações inconsistentes. Na partida contra o Chelsea, Slot terminou o jogo com dois meio-campistas improvisados na defesa, Szoboszlai e Gravenberch, o que ilustra bem o descompasso tático do time. No ataque, a situação não é melhor. Salah, antes decisivo, cometeu erros simples em seu retorno a Stamford Bridge. Isak alterna entre bons e maus momentos, Gakpo ainda não engrenou, e Chiesa, uma das poucas peças em forma, tem recebido pouco tempo de jogo.
A busca por soluções
A venda de Luis Díaz para o Bayern de Munique deixou uma lacuna no ataque, que agora depende cada vez mais de lampejos individuais, que não têm aparecido com frequência. O Liverpool precisa encontrar um equilíbrio entre defesa e ataque para voltar aos trilhos e recuperar a confiança perdida. Enquanto isso, a torcida aguarda ansiosamente por soluções que possam reverter essa fase negativa e devolver ao time o status de temido adversário nas competições nacionais e internacionais.
Mesmo quando o Liverpool está por cima, a sensação é de que o adversário sempre terá uma chance.
Fonte: www.lance.com.br


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